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Glossário com definições e exemplos sobre as tecnologias imersivas e interativas: VR, AR, MR, XR, WebGL, HTML5, Tour Virtual , Tour Virtual 360º, Modelagem 3D, Fotografia 360º e Escaneamento 3D.
1) Afinal, o que são as tecnologias imersivas? Quais as principais dúvidas?
– VR/RV: Virtual Reality ou Realidade Virtual: Tecnologia capaz de simular digitalmente ambientes para serem vivenciados com alta imersão dos sentidos através do uso de óculos especiais dotados de telas, fones de ouvido, sensores, controles e por vezes até luvas. Neste tipo de ambiente virtual, o usuário tem seus sentidos transportados para outro local, diferente de onde esteja no momento, este conteúdo digital pode ser um local distante, futuro ou fictício. Os ambientes de realidade virtual podem ser produzidos utilizando-se câmera fotográficas e filmadoras que capturam imagens reais em 360º ou geradas por computador em softwares de modelagem e interação 3D especializados. Há 2 vertentes da tecnologia, a Realidade Virtual 360º (3DOF) e a Realidade Virtual 3D (6DOF), a primeira permite ao usuário somente girar a cabeça para observar imagens ou vídeos, a segunda permite locomover-se plenamente pelo ambiente digital, além de, por exemplo, ser possível pegar objetos, abrir portas e armários. Existem diversos fabricantes e modelos de óculos de realidade virtual, dos mais simples aos mais sofisticados, capazes de atingir diferentes níveis de imersão e interatividade, o que depende de fatores como a potência do processador por trás dos óculos, a resolução da tela, a nitidez das lentes, a quantidade de controles e os tipos de sensores. Apesar desta grande variação de hardwares de realidade virtual, a percepção de qualidade da experiência se deve muito à qualidade do conteúdo produzido, que deve respeitar os mais altos padrões de qualidade de imagem e de performance. No universo da construção civil e do mercado imobiliário, a aplicação mais comum é a total imersão em empreendimentos criados digitalmente, a fim de facilitar a compreensão dos espaços futuros e tomadas de decisão com maior agilidade e segurança.
– AR/RA: Augmented Reality ou Realidade Aumentada: Tecnologia capaz de simular a sobreposição de informações e objetos digitais sobre o mundo real, experimentados através da tela de celulares e tablets com câmeras. Neste tipo de tecnologia, o usuário aponta a câmera para uma superfície – frequentemente o chão, uma mesa ou um QR Code – e o dispositivo simula o posicionamento de um objeto 3D sobre ela. O conteúdo pode ser um ou mais objetos estáticos, animados ou interativos. Com a progressiva melhoria de performance dos dispositivos móveis, tem aumentado a quantidade de objetos que podem ser vistos simultâneamente e o nível de interatividade com estes. Entre as aplicações mais comuns na cadeia da construção, inicialmente era possível apenas projetar apenas algum mobiliário sobre o piso do imóvel, ou acessar uma maquete simples em 3D de um apartamento sobre um folheto, mas atualmente já é possível projetar estruturas prediais inteiras sobre o local da construção, com a correta geolocalização, facilitando assim, por exemplo, a verificação visual do status do projeto e a checagem de possíveis erros construtivos. Existem duas vertentes da tecnologia, WebAR e AppAR; a primeira permite acessar as experiências direto pelo navegador de internet no celular, o que é rápido e descomplicado, mas atinge uma qualidade visual intermediária, enquanto que a segunda exige a instalação de um aplicativo, o que é mais burocrático, porém atinge com frequência maior qualidade visual e interação com maior quantidade de objetos simultâneos.
– MR/RM: Mixed Reality ou Realidade Mista: Tecnologia similar à Realidade Aumentada, porém capaz de criar interações muito mais sofisticadas, integradas e realistas entre os objetos virtuais e o mundo real. Para aumentar a sensação de imersão, os sistemas de realidade mista utilizam hardwares dedicados mais potentes que os de celulares e tablets tradicionais, além de possuírem sensores capazes de digitalizar em 3D rapidamente o ambiente ao redor do usuário e de fazer com que os objetos virtuais interajam perfeitamente com a geometria identificada do local. Os sistemas mais sofisticados de realidade mista utilizam ainda óculos especiais, com lentes semi-transparentes, onde são projetados os objetos virtuais em perfeito alinhamento com o ambiente, o que causa uma ilusão de presença bastante realista destes objetos, algo que podemos chamar também de Holografia. Um exemplo curioso da habilidade deste tipo de tecnologia em enganar o cérebro e de criar novas possibilidades de viver em casa é o de, por exemplo, inserir uma TV holográfica na sala, onde se pode assistir vídeos como numa TV real, quando vamos para o quarto a TV some, mas quando voltamos ela ainda está lá, como se fosse um objeto de verdade. Ainda veremos muita evolução e barateamento deste tipo de tecnologia nos próximos 5 a 10 anos, enquanto isso a tecnologia permanece confinada ainda a aplicações mais profissionais.
– XR/RE: Extended Reality ou Realidade Estendida: Expressão que se refere a todo o conjunto de tecnologias imersivas, como VR, AR e MR, incluindo hardwares e softwares dedicados a estas experiências.
– 3DOF e 6DOF: Degrees of Freedom, em português, Graus de Liberdade; 3DOF significa que podemos rastrear apenas a rotação do usuário em 3 eixos; 6DOF significa que além dos 3 eixos de rotação, podemos também rastrear os 3 eixos de seu deslocamento, isso significa que podemos registrar os movimentos para frente, para trás, lateral e verticalmente. Quanto mais graus de liberdade, mais possibilidades de interação o usuário tem com o mundo virtual, além de tornar a sensação de imersão mais natural e realista. Cada modelo de óculos de realidade virtual possui a capacidade de rastrear 3 ou 6 eixos de movimentação, é interessante que os óculos 6DOF podem ser utilizados em aplicações mais simples que apenas necessitam de 3 eixos, mas o inverso não é possível.
– HTML5 e WebGL: Tecnologias que permitem acessar softwares interativos 2D e 3D bastante sofisticados de maneira simples, rápida e descomplicada, diretamente através de um link aberto no navegor de internet, sem a necessidade de instalação prévia de nenhum tipo de software, aplicativo ou plugin. Devido à esta facilidade, experiências interativas criadas com esta nova geração de tecnologia são acessíveis através de praticamente quaisquer dispositivos com acesso à internet, como smartphones, tablets e PCs, independente do seu sistema operacional (Windows, Mac, iOS, Android, …). Vale enfatizar que não há a necessidade direta da utilização de óculos de realidade virtual com este tipo de tecnologia, pois são conceitos totalmente separados e independentes, todavia, é possível criar experiências utilizando WebGL e HTML5 de maior imersão que utilizem também algum tipo de óculos.
– Tour Virtual 360º: Tecnologias que permitem passear de maneira livre e interativa por ambientes através da conexão em média entre cerca de 10 imagens panorâmicas de visão 360 graus em imóveis de 100m², sendo possível ao visitante rotacionar as imagens e observar ao redor de cada ponto de vista. Os tours são acessados em geral através de links de internet e podem ser produzidos para ambientes reais ou virtuais; no caso do passeio por ambientes reais, a captura de imagens é feita com câmeras usando lentes especiais (fisheye) que registram a partir de cada ponto de vista detalhes em todos os ângulos, já no caso de ambientes virtuais, as imagens esféricas são totalmente produzidas com softwares especializados em simular a realidade. Existem dezenas de plataformas que permitem a criação de Tours Virtuais 360º, porém são a qualidade, a quantidade e a conexão (manual) entre as fotografias que separam um ótimo de um péssimo tour virtual. Por ser uma tecnologia simples e barata, muitas vezes direcionada a corretores e amadores, com frequência vemos tours nesta categoria mais voltado à locação de imóveis usados, com poucas imagens de baixa qualidade (baixa nitidez, escuras ou claras demais, …), porém isso se deve em geral à câmera fotográfica utilizada – existe uma ampla variedade de fabricantes e modelos, que veremos mais tarde. A tecnologia de Tour Virtual não deve ser confundida com a tecnologia de Vídeo, que em geral não é interativa e consiste apenas de uma sequência de imagens, com roteiro e vistas pré-definidas – um erro ainda comum entre profissionais do mercado imobiliário.
– Tour Virtual 3D: Tecnologia similar ao Tour Virtual 360º, porém de maior imersão e sofisticação, permite a visualização interativa simultânea de um Escaneamento 3D da planta do imóvel e de em média 50 imagens 360º para cada 100m². Devido ao hardware moderno utilizado para a criação deste tipo de experiência, a qualidade das fotografias costuma ser bastante elevada, com processo de tratamento de imagem profissional e alta nitidez. Por a tecnologia contar com uma grande quantidade de pontos de vista e uma maquete 3D, a vivência virtual para o visitante online é completa e agradável: as transições passo a passo são suaves, pode-se compreender com agilidade as dimensões do imóvel e as conexões entre os cômodos, observar com clareza um maior número de detalhes, conhecer a vista de cada uma das janelas, além de poder experimentar como é a sensação do local ao sentar-se em cadeiras e sofás, tudo isso sem sair de casa. Devido ao custo dos equipamentos, este tipo de serviço em geral é prestado por profissionais especializados e acaba sendo uma alternativa mais viável para venda de imóveis novos e usados.
– Modelagem e Renderização 3D: Modelagem 3D se refere às tecnologias que possibilitam desenhar objetos digitalmente com grande quantidade de detalhes, utilizando para isso milhares de pequenos triângulos. Renderização 3D é o processo gerar a iluminação e os aspecto visual final dos objetos desenhados no computador. Existem diversos softwares especializados em modelagem e em renderização, para o segmento de Arquitetura e Construção, os softwares de modelagem mais utilizados são o 3DSMax, Maya, Blender e C4D, para renderização fotorealista são Corona, Vray, Cycles e Lumion. Existem centenas de empresas no Brasil especializadas na criação de imagens fotorealistas para comunicação visual de lançamentos imobiliários (um dos maiores nichos para o uso destas tecnologias), apesar da maioria utilizar os mesmos softwares, a qualidade final obtida por cada empresa varia largamente. Antes de escolher um fornecedor é importante solicitar um porfólio de trabalhos recentes para setar as expectativas das entregas: quanto mais realista, mais fácil será comercializar os imóveis, devido à mais intensa sensação de prazer e segurança do futuro que as imagens provocarão nos interessados.
– Escaneamento 3D: Tecnologias que realizam a medição tridimensional das dimensões, formas e aparência (cores e materiais) de algo real, que pode ser analisado e remodelado digitalmente. Existem diferentes técnicas de digitalização 3D, mais adequados a diferentes casos:
Fotogrametria: Digitalização 3D a partir do processamento de centenas de fotografias de boa qualidade de todos os ângulos de um objeto. Funciona em áreas internas e externas. Procedimento lento. Utilização comum na digitalização de objetos de tamanho pequeno e médio.
Infravermelho: Digitalização 3D obtida através da projeção de feixes de luz infravermelha (luz invisível) sobre objetos e de uma câmera capaz de acompanhar e medir a distância até cada feixe emitido. Funciona melhor em áreas internas, devido à forte interferência dos raios infravermelhos do sol. Procedimento rápido. Utilização comum na digitalização de objetos grandes e imóveis.
LiDAR: Digitalização 3D obtida através de um canhão que projeta um laser de alta potência sobre os objetos e de um sensor que recebe o rebatimento de cada laser, o tempo de demora para retorno do laser indica a distâncias. Funciona tanto em áreas internas quanto externas. Procedimento lento. Utilização comum na engenharia de alta precisão, para digitalização de fábricas, edificações e rodovias.
Quais os hardwares existentes? Preços, funcionalidades, limitações e tendências.
– VR/RV: Virtual Reality ou Realidade Virtual: Os hardwares mais indicados na atualidade são os seguintes abaixo.
Sem marca – Cardboad – 3DOF – US$ 9 – Requer um celular compatível com acelerômetro e giroscópio: https://arvr.google.com/intl/pt-BR_pt/cardboard/get-cardboard/
DPVR – P1 – 3DOF – US$ 198 – Tela e processamento já embarcados no óculos: https://www.dpvr.net/vr-headset-products/p1-virtual-reality-headset/
Facebook – Oculus Quest 2 – 6DOF – US$ 299 – Tela e processamento já embarcados no óculos – : https://www.oculus.com/quest-2/
HTC – Vive Pro – 6DOF – US$ 699 – Requer um computador gamer para executar as aplicações – Oferece máxima qualidade e interatividade: https://www.vive.com/eu/product/vive-pro/
Algumas aplicações de realidade virtual voltadas para o mercado imobiliário podem ser encontradas nas lojas de aplicativos destes fabricantes (Oculus Store e Steam), que servem inspiração para o conhecimento e desenvolvimento de novas experiências para a jornada dos imóveis.
– AR/RA: Augmented Reality ou Realidade Aumentada: Os hardwares compatíveis são bastante amplos, conheça aqui a lista completa de dispositivos compatíveis: https://www.iteleport.com.br/solucoes/teleport-ar/compatibilidade-de-dispositivos
– MR/RM: Mixed Reality ou Realidade Mista: Existem apenas 2 sistemas atualmente, são eles:
Microsoft – Hololens 2 – US$ 3.500: https://www.microsoft.com/en-us/hololens/
Magic Leap – One – US$ 2.300: https://www.magicleap.com/en-us
A iTeleport é uma startup de tecnologia em Visita Virtual para o mercado imobiliário. Desenvolvemos soluções de ponta que acompanham todo o ciclo de vida de empreendimentos, desde o marketing de lançamentos até a revenda e locação. Com quatro anos de operação, a iTeleport possui franquias em 5 estados e já produziu mais de 1.000 Teleports pelo país.
AUTORES:
Francisco Toledo – CEO & Founder
